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terça-feira, 5 de abril de 2011

Visita ao Museu da Realeza Democrática

O céu é do condor
Como a praça,
Ainda que cercada,
É do povo,

Mas o campo é das princesas.

Rico palácio
Onde morreu o interventor
E estiveram um velho vivo
E um jovem morto

Três tiranos

Lembrados pela memória do povo
E louvados por seu esquecimento
Como esquecida foi sua esperança
Reclusa, ilhada na ilha, distante

Uma placa atesta sua luta sem lembrar o seu retorno

Nesse museu da realeza democrática
O governador é ser de outro mundo – quase rei
Para ocupar sua cadeira não basta eleição!
“É preciso muito estudo”

Ou nascer de sangue e olho azul
Delicados cristais e móveis coloniais,
Registros materiais
Da vida de luxo, riqueza e ostentação
Da saudosa monarquia

Até os outrora súditos implicitamente denotam sua nostalgia

Inconscientemente somo todos monarquistas,
O rei do futebol, do rock, da coxinha
Não seriam um indício dessa nossa natureza
Viúva do silêncio e do chicote?

Guilhotina a esses mitos e viva o povo brasileiro!




3 comentários:

  1. Epa! Guilhotina no Dudu? kkkkkkk
    Abraço, Gouveia.
    Um grande abraço e cuida bem da amiga Zhu!

    Ah, só volto fim do mês.
    Pernas pro ar que ninguém é de ferro.
    Mas bem que poderíamos marcar algo nesses dias, com Kelly e Malu.

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  2. Meu amante num pára de pegar palavras e desmembrar e descarnar os heroicizados da História com 'H' de acordo com os navegantes

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  3. Ressalvando: as sociedades ainda precisam de mitos, dizem alguns.

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