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sexta-feira, 23 de março de 2012

Um gênio não morre

Há algo mais bonito do que o sorriso de uma criança? Há algo mais encantador do que a capacidade de despertar o sorriso nessas crianças, independente de sua faixa etária?

Graças às incríveis tecnologias de armazenamento e disseminação de informação de imagens em movimento, tornadas possíveis a partir do invento dos irmãos Lumière, pude conhecer quatro verdadeiros gênios do humor. Humor inocente e ao mesmo tempo engajado. Humor que não envelhece nem desgasta; humor de fato, sem modismos, apelações ou agressões via redes sociais, lamentavelmente “curtidas” por uma geração carente da genialidade de um Chaplin, de um Bolaños, de um Benini, de um certo Chico.

Do famoso Carlitos, sempre afirmei que este encontrava-se num degrau acima dos outros três, por seu pioneirismo, e pelo fato de, apesar dos poucos recursos de sua época, tornar-se universal. Seja trabalhador, vagabundo ou ditador, este Artista soube emocionar e divertir como poucos.

O pequeno Sheakspeare mexicano, o Chespirito – muito conhecido pelo nome de seu mais famosos personagem: Chaves – merece ser lembrado como um nome forte nesse seleto grupo por ser capaz de, há mais de quarenta anos, contar as mesmas piadas e fazer rir como se as contasse pela primeira vez. Suas comicidade nunca abandonou o viés da crítica social.

Um certo Benini me foi apresentado há pouco mais de dez anos, quando mostrou ao mundo que “A vida é bela”, sissignore! Com a maior prova de amor da história do cinema, Benini alcança o impossível, fazendo-me rir e chorar ao mesmo tempo em cada uma das mais de dez vezes que assisti à saga de Guido contra o nazifascismo. Um Oscar foi pouco – Fernanda Montenegro que me desculpe.

Como era de se esperar, deixei pra falar do Chico por último. Nem melhor nem pior que os outros, simplesmente incomparável, esse, antes de tudo, forte nordestino adoçou a existência de várias gerações com um sem-número de personagens hilários. Pode perguntar: da sua avó ao seu sobrinho, todos conhecem um dos avatares de Chico e cada um, naturalmente, tem a sua preferência. Certamente o personagem mais encantador já representado foi o do guerreiro Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho. Sua luta, por aqui, terminou; ficamos todos mais tristes. Se os bons morrem antes, os gênios se vão na hora certa para iluminar outras dimensões.

4 comentários:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=KlceeiYUQ-E&feature=related

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  2. Apesar do salário, da desgraça, tira o "des" e fica a graça!!!
    Lindo, genial texto, bjs<3

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    1. Obrigado, Linda. E você mostra, com seu comentário, um texto genial com apenas uma linha.

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