Anos 80. Inspirados
pela inventividade sem tamanho de um químico (Macqyver era químico mesmo? Enfim…)
as crianças de minha geração cresciam e se desenvolviam, muito graças as suas
experiências de crianças e relações, também de crianças, nada virtuais,
acreditando que poderiam transformar qualquer cacareco em algo extremamente
útil. Algo que poderia até explodir as portas e os cadeados dos limites de
qualquer realidade – infantil ou não.
Criatividade era o
verbo.
No universo competitivo
do futebol, por exemplo, poucas seleções que não ingressaram no olimpo dos “vencedores”
ficaram tão famosas quanto a de 1982. Eu (eu! Sendo bastante injusto com Bebeto,
Romário, Rivaldo e Ronaldo – porra, porque não nasceram antes?) trocaria o
tetra e o penta que tive que ver pela glória de Telê, Júnior, Falcão, Sócrates e
Zico que gostaria de ter visto.
No universo
multicolorido e tupinirock de há vinte e poucos anos a nossa música até já podia
ser mãe-solteira, mas não havia sido feita de Geni pelos Zepellins que hoje
bombardeiam “novinhas” e “negas que endoidam” ao som de tchus e tchas. Ai se eu
te pego!
Não havia facebooks-vitrines-de-vaidades-fúteis-e-de-meias-mentiras;
não havia celulares que advinham o seu pensamento, mesmo que não completem a ligação,
mas que você precisasse ter a qualquer custo para não ficar out; não havia cultizações de
personagens secundários, como Mussuns e Seus Madrugas – com todo respeito – agora
estão em alta? Antigamente todo mundo queria ser Juninho Bill, Luciano, não;
todo mundo queria ser o He-man, Gorpo, não; todo mundo queria ser Ayrton Senna,
Rubinho, não; todo mundo queria ser Bart Simpson, Milhouse, não.
Não sou contra esse
grito dos excluídos, nem sou ou estou saudosista ou nostálgico. É que
simplesmente pertenço a um mundo em que os amigos eram escolhidos pela pupila,
um aperto de mão valia mais do que uma mesada, e a alegria destes era a nossa
alegria.
Nos tempos em que um
bordão de novela vira um meme tão chiclete quanto o garotinho da alegria ou a
Luiza do Canadá, eu também vou reclamar: Bom senso, criatividade, inteligência,
voltem logo que eu quero lhes usar!
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=MqQq_ykY_j0
Assino embaixo, amigo.
ResponderExcluirE deixo um abraço.