Faz dez dias. Caiu um avião. Escrevi uma postagem sobre como as coisas têm estado conexas com o advento da Internet. Acabei lembrando que era dia do rock e mencionei a Amy Winehouse e sua voz
agradavelmente escandalosa; incrivelmente poderosa. Voz que tinha um quê de ousadia que trazia de volta a recordação de uma certa moça que teve pouco tempo - exatamente 27 anos - para deixar a sua marca na vida de muita gente e na história da música. "Mas até parece uma negra cantando!" - que delícia!
Amy é soul, e, a despeito de toda a crítica, também fomos, ou somos, um pouco ela. Se, como outros garotos de vinte e poucos anos, a grande voz dos últimos vinte e poucos anos perdeu a batalha para as drogas, como especulam, não perderá jamais o lugar especial que conquistou em nossos ouvidos e nossos corações.
Seus olhos, tão marcantes e capazes de ditar moda, estão fechados, mas a sua voz ainda não parece acreditável que se calará tão cedo.
Mais uma vez, dez dias depois, caiu um avião...
Apenas uma vida se foi...
Uma estrela não se apaga...
Só retorna para a sua constelação. Será mais uma menina que vai brincar junto com Janis, Jimmy, Jim e Kurt nos Strawberry Fields Forever...
Jovem demais para viver pra sempre, intensa demais pra caber no mundo de padrões, latente, sangrativa, pungente, inconsequente ela lança sua garganta, atinge o mundo, rasgga ouvidos surdos, ela queda, mas só a materia, a voz por aqui ainda ecoa, ressoa, povoa, admirável, DIVA WINEHOUSE!
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