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sábado, 1 de setembro de 2012

Ode à elegância


Saiu à francesa; sequer esperou a primavera.
Já fizera muitas primaveras nas vidas de todos aqueles que tiveram a honra e o privilégio de poder chamá-lo de mestre.
Homem iluminista, homem iluminado. Sua luz não se apagou. Ela vive, posto que partilhou-a com muitos, simplesmente com todos que ouviu e que o ouviram de volta.
Muito ficou, é verdade.
Estamos, porém, tristes porque ainda assim arde uma biblioteca.
Arde o peito daquele que pensava que a dor é provocada pela presença de algo ruim. Irrefutavelmente reconheço, pela segunda vez, que a dor é fruto da ausência de algo bom.

A última lição que nos deu foi de luta, de paixão, de prazer, de vida.
Seus olhos atentos e curiosos pelo conhecimento, seu interesse pela ciência e pela academia sem academicismos, e sua elegância, esta última no amplo sentido da palavra, jamais serão esquecidos.
Obrigado, Dênis Bernardes!